domingo, 12 de julho de 2009

in 'mata-me'

' Olhou ao redor e viu a mulher dos seus sonhos, observando distraída o movimento. Passou por todos, lentamente, antevendo o prazer de tocá-la, adiando a hora em que sentiria novamente em suas mãos a pele quente e macia daquela que habitava seus desejos mais íntimos e secretos. Um a um, cumprimentava a todos no caminho. Queria demorar, queria segurar ao máximo aquela sensação de gozo iminente, o prazer que sabia que viria em ondas fortes, inundando seu ser outrora sem vida.
Ninguém parecia notar que cada passo na direção dela era um passo a menos em sua dolorosa espera. O corpo todo tremia ao avançar adiante, como se todas as forças do seu ser estivessem empenhadas em combater aquele magnetismo que ela exercia em relação a ele. Ele que não podia, ele que não sabia como lidar com aquela dor na boca do estômago, que de todas as maneiras havia combatido aquele querer proibido, em vão...
Quando ela o viu, chegando perto, o sorriso mais iluminado do universo se abriu naqueles lábios rosados. Se não precisasse controlar-se tanto, se já não estivesse preso a tantas outras amarras... ah, quem quer saber de convenções, critérios, posturas... As mãos suadas e trêmulas dele ensaiaram um carinho discreto na pele rubra das faces de sua bela, segundos antes de encostarem-se num abraço quase casual, olhos semicerrados, fazendo de conta que não estavam aguardando pelo abraço, pelo beijo, pelos cheiros todos que emanavam daquele encontro...
Segredos devem ser bem guardados, e ela tentou se afastar. Ele riu baixinho da preocupação dela com a proximidade dos corpos que ardiam, mas em silêncio sabia que era o melhor a fazer. Antes de seguir, cumprimentando outras pessoas que vinham em sua direção, ainda teve tempo de tocar-lhe a cintura fina uma vez mais, num rápido carinho... E a noite toda converteu-se num único momento. E aqueceu os que amavam num envolvente e terno abraço cúmplice. Porque as palavras são todas absolutamente desnecessárias quando alguém fecha os olhos para abraçar. '

sexta-feira, 3 de julho de 2009

arrependimento.

"Na origem da palavra, arrependimento quer dizer mudança de atitude, ou seja, atitude contrária, ou oposta, àquela tomada anteriormente." Agora, arrependimento é inteligente, remorso é inútil. E eles não são sinónimos. (x

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esquece o spider man, hoje sou o spider wella ;)