‘ Desta vez vou faze-lo em silencio, vou sair do teu mundo em passinhos pequenos para que tu não te apercebas. Chegou a hora de o fazer. Vou levar no meu pensamento todas as recordações, todos os sorrisos, todas as palavras, todas as promessas. Não penses que tudo isto não me dói, porque dói. É uma ferida que só vai cessar com o tempo. Mas eu tenho de ser mais forte que essa ferida, e voar para longe de ti, porque já não aguento.. Sinto-me tapada até á ultima medula. Desculpa porque amanha quando acordares, eu já não vou estar lá para te aparar as quedas, já não vou estar lá para te fazer sorrir, já não vou estar lá para dizer que gosto muito de ti, já não vou estar lá para te ensinar seja o que for.
Agora deixa-me partir em silencio, porque das outras vezes imploraste-me para que ficasse. Mas desta vez… desta vez não vais ter oportunidade para isso ! ‘
Ou (…)
‘ Perdi-te; a certeza é simples e letal e definitiva. Aceitá-la será uma tarefa árdua, talvez impossível, talvez inatingível, mas é a realidade e não posso fugir dela para sempre, por mais que tente ignorar o facto de já não estares aqui ou tentar criar na minha cabeça a ilusão de que ainda és meu.
Perdi-te, tenho de ser honesta, com o mundo, com a realidade, comigo própria. Perdi-te, quem sabe entre os beijos furtivos e os olhares apaixonados. Perdi-te, como uma criança que deixa o fio que prende o balão escapar. Perdi-te, e a sensação de vazio e medo que me assombra é algo que não pensava ser possível sentir. Sempre gostei de me considerar uma pessoa forte, a coragem sempre caminhou ao meu lado em todos os aspectos da vida; contudo agora, sem os teus braços à minha volta, sinto-me desprotegida e fraca e vulnerável.
Perdi-te. Tenho que encarar isso honrada e corajosamente. Soltei a tua mão por breves instantes e o vento levou-te para longe.
Perdi-te, já lá vai algum tempo, mas só agora tomo consciência disso. Durante todo o tempo em que estivemos separados a distância não foi dolorosa. Guardava a secreta esperança de que havias de voltar, mais cedo ou mais tarde, havia de te voltar a ver entrar pela porta novamente. Eras meu, tomava-te por certo, mesmo depois de partires. Afinal, eu julgava (e talvez ainda julgue, confesso) que entre nós havia uma ligação, que era o destino que nos mantinha juntos, e contra o destino a força humana é inútil, e o destino havia de te trazer de volta para mim.
Olho para ti e percebo que já não me pertences, sob forma alguma, e que talvez o destino se tenha alterado. Eu não fui capaz de te acolher da tempestade…
E é por isso que sei, sei que te perdi. Aquilo que fomos não voltaremos a ser e aquilo que sentias desvaneceu-se na linha do horizonte com o amanhecer.
Volto para o quarto gelado onde o sol teima em entrar, e fecho a janela para que a luz não me atormente. Não, hoje vou chorar… até que a tua ausência se torne mais fácil de suportar. ‘
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
pensamento do dia: confusão !
Há pessoas que de tanto querer, no fim de contas já não sabem ao certo o que querem! Confundem-se a elas próprias, tentam confundir os outros e, no fim de contas, acabam por ser confundidas com seres confusos.
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